Por Ivan Longo, da Revista Fórum
A família de Quaden Bayles, menino australiano de 9 anos que comoveu o mundo ao ser gravado pedindo para se matar após um episódio de bullying, resolveu doar os mais de R$2 milhões arrecadados em uma campanha para levá-lo à Disneylândia para instituições de caridade.
Na semana passada, comovido com a história de Bayles, o ator Brad Williams, que vive com o mesmo tipo de nanismo que o menino australiano, criou uma vaquinha virtual para levá-lo à Disney. Centenas de pessoas fizeram doações e inúmeras personalidades australianas e de outras partes do mundo gravaram vídeos de apoio à criança.
Em entrevista a uma rede de TV australiana nesta quarta-feira (26), a tia de Quaden, Mundanara Bayles, revelou a decisão da família.
“Qual criança não gostaria de ir à Disney, especialmente se você teve a vida do Quaden? Viajar para qualquer lugar divertido o faria esquecer de seus desafios diários. Mas a minha irmã falou, ‘vamos focar no problema real’. Esse jovem tem sido alvo de bullying. Quantos suicídios na nossa sociedade não são decorrentes de bullying? Queremos que esse dinheiro vá para organizações que realmente precisem”, disse Mundanara.
Depois, foi revelado que o dinheiro será doado para duas organizações: a Dwarfism Awareness Australia, que oferece suporte para pessoas com nanismo, e a Balunu Healing Foundation, que oferece apoio a jovens aborígenes australianos vivendo em situações precárias.
“Me dê uma corda”
No dia 18 de fevereiro, a mãe de Quaden Bayles, Yarraka Bayles, resolveu gravar seu filho chorando após um episódio de bullying na escola. Seu intuito era conscientizar as pessoas sobre as consequências do problema.
Nas imagens, Quaden aparece dentro de um carro chorando após sofrer um episódio de bullying na escola. “Me dê uma corda, eu quero me matar. Eu só quero me esfaquear no coração, quero que alguém me mate”, diz o menino. Ele vive com acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, e sua família é de origem aborígene.
O vídeo rapidamente viralizou e chegou até o ator Brad Williams, que organizou a campanha de arrecadação para levar o menino australiano à Disney.