Por Luisa Fragão, da Revista Fórum
Estudo global realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a nem a hidroxicloroquina e nem o antiviral remdesivir possuem eficácia contra a Covid-19. A cloroquina foi a principal aposta do presidente Jair Bolsonaro contra a pandemia e recebeu investimento de mais de meio milhão para a sua produção no país.
De acordo com o estudo, os dois remédios mostraram “pouco ou nenhum efeito sobre a mortalidade” ou na redução de tempo de internação para pacientes hospitalizados com coronavírus. Os produtos também não ajudaram os pacientes a se recuperarem mais rapidamente da doença.
“Para cada medicamento do estudo, o efeito sobre a mortalidade foi decepcionantemente pouco prometedor”, disse a OMS, em um comunicado. A informação é de Jamil Chade, no UOL. O estudo envolveu mais de 30 países, 405 hospitais e pelo menos seis meses de pesquisas.
Insistência
Até a semana passada, no entanto, Bolsonaro ainda insistia na eficácia da cloroquina, mesmo sem a devida comprovação por estudos científicos. No dia em que o Brasil chegou à marca de 150 mil mortes pela Covid-19, no sábado (10), o presidente afirmou que 30% dos óbitos poderiam ser evitados com o uso do medicamento.