Por Mariane Del Rei, do site Socialismo Criativo
Com um governo consciente sobre a necessidade de mitigar os problemas ambientais, a China faz sua parte na governança global da biodiversidade e apresenta um consistente resultado na implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, do Acordo de Paris e da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Inspirada pelos conceitos e valores tradicionais como “a convivência harmoniosa entre a humanidade e a natureza” e “a governança deve ir em consonância com as regras da natureza”, o país asiático promove de maneira inovadora a proteção ao Meio Ambiente.
Com a inclusão da civilização ecológica na Constituição da República e no planejamento geral de desenvolvimento nacional, a China tem tratado a conservação da biodiversidade como uma chave para a proteção ecológica e para o desenvolvimento de alta qualidade, e esforça-se a realizar uma modernização que promove a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza.
Políticas ambientais
Com medidas concretas e esforços constantes, já foi estabelecido na China um sistema completo de governança da biodiversidade. A formulação e implementação da Estratégia e Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade da China (2011-2030), a incorporação da proteção da biodiversidade no plano de desenvolvimento econômico e social, e a promulgação de mais de dez leis e regulamentos relevantes fornecem uma sólida garantia institucional para a conservação da biodiversidade.
O reforço da conservação e restauração ecológica, em forma de grandes projetos nos biomas como pântanos, florestas, rios, e desertos resulta em um aumento de 70 milhões de hectares da área dos recursos florestais na última década, o maior em todo o mundo.
O governo chinês estabeleceu um sistema de áreas naturais protegidas composto principalmente pelos parques naturais. As 11.800 áreas de conservação natural ocupam 18% da superfície terrestre do país, fato que garante o alcance antes do previsto das metas estipuladas na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
A China também tem estabelecido uma rede da pesquisa e monitoramento da biodiversidade, lançando operações particulares para combater as irregularidades e fortalecendo a inspeção e supervisão por meio de sensoriamento remoto por satélite.
Multilateralismo
O Meio Ambiente é estreitamente ligado ao bem-estar das pessoas de todos os países e a conservação da biodiversidade não teria sucesso sem a cooperação internacional. Como um dos primeiros países signatários a ratificar a CDB, a China tem praticado proativamente o multilateralismo e promovido com grande esforço a cooperação internacional.
O íbis-do-japão (Nipponia nippon) é uma ave aquática que vive na China, Japão e República da Coreia. Depois de encontrar as últimas e únicas sete aves da espécie do mundo em seu território em 1981, a China assinou atos de cooperação para a conservação da ave com o Japão e a República da Coreia. Graças aos esforços conjuntos dos três países, a população da ave já recuperou para mais de 7 mil hoje.
Em 2018, a China estabeleceu a Aliança Internacional para Megadados em Biodiversidade e Saúde, e tem trabalhado com países parceiros do Belt and Road (Cinturão e Rota, em tradução livre) para construir um centro de megadados a nível mundial sobre biodiversidade, aproveitando a rede de centros de dados para melhorar a biodiversidade.
COP 15
Até o dia 15 de outubro, a China sedia a COP 15 em Kunming, Província de Yunnan, ocasião na qual os dirigentes participantes vão abordar novas estratégias de governança global da biodiversidade.
Sob o tema “Civilização Ecológica: Construindo um Futuro Compartilhado para Toda a Vida na Terra”, a primeira conferência global sob o tema da civilização ecológica realizada pelas Nações Unidas destaca a aspiração dos povos pela formação conjunta de um futuro compartilhado para toda a vida na Terra.
Na segunda fase da COP 15, que terá lugar no ano que vem, será discutida a elaboração do “Marco Global da Biodiversidade pós-2020”, um novo plano de ação global e nova orientação para a conservação da biodiversidade para a próxima década.
Como anfitriã, a China vai compartilhar com todas as partes as experiências e explorar juntos o futuro da governança da biodiversidade e do desenvolvimento da civilização ecológica, com vistas a contribuir com a sabedoria e proposta chinesas para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento sustentável do mundo.
Com informações do site Portuguese People