Por Ricardo Ribeiro, da Revista Fórum
Mark David Chapman, o assassino de John Lennon, pediu desculpas à viúva do músico, Yoko Ono, 40 anos depois e lamentou ter cometido o crime. As declarações foram dadas para o conselho do Estado de Nova Iorque, que julga pedidos de liberdade condicional.
“Eu só quero reiterar que eu lamento o meu crime”, disse Chapman ao conselho, em audiência no mês passado, tornada pública nesta quarta-feira (23). O conselho negou este que é o 11º pedido de liberdade condicional feito por Chapman.
Na audiência, ele confessou ter matado o ex-integrante dos Beatles porque queria fama e declarou que merecia a pena de morte pelo que chamou de “ato desprezível”.
“Ele era extremamente famoso. Eu não o matei por causa de seu personagem ou do tipo de homem que ele era. Ele era um homem de família. Ele era um ícone” , disse Chapman. “Eu o matei porque ele era muito, muito, muito famoso e essa é a única razão e eu estava procurando muito, muito, muito, muita glória pessoal, muito egoísta”, completou.
Sem desculpa
“Não tenho desculpa”, resumiu o assassino, acrescentando que aceita o fato de poder passar o resto da vida na prisão. “Eu acho que é o pior crime que pode haver, fazer algo a alguém que é inocente”.
“Quero acrescentar e enfatizar um pouco. Foi um ato extremamente egoísta. Lamento a dor que causei a ela [Yoko Ono]. Penso nisso o tempo todo”, concluiu.
David Chapman atirou e matou John Lennon na noite de 8 de dezembro de 1980 na entrada do edifício Dakota, onde o músico morava, na cidade Nova Iorque, poucas horas depois de o músico autografar um disco para ele.