Trabalhadores promoveram um protesto em frente à agência Gonzaga do Banco do Brasil (BB), localizada à Avenida Ana Costa, 486. O ato teve distribuição de carta aberta, colagem de cartazes e faixas, com o objetivo de esclarecer a população sobre o prejuízo que a restruturação causará.
Estão previstos fechamento de quase 400 agências, além de outras unidades, e demissão de 5 mil funcionários. O movimento sindical propõe uma paralisação nacional para o dia 29 de janeiro.
De acordo com o governo federal, a ideia é fechar “361 unidades, sendo 112 agências, sete escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”, além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a “transformação” de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa. Tudo no primeiro semestre de 2021.
“Nenhum outro banco facilita empréstimos com juros mais baixos aos micros, pequenos e médios agricultores; empresas e comércio em geral, instalados em pequenas cidades. Financia esporte, cultura e outras áreas sociais. A importância para a sociedade brasileira, fomento de empregos e riquezas à nação é extraordinária e essencial ao país. Os bancos privados só objetivam o lucro, sem se importar com os brasileiros”, avalia Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do BB.
“Temos que conscientizar clientes, parlamentares, prefeitos e para a população em geral os prejuízos que a proposta do governo federal e da direção do Banco do Brasil pode provocar. Vivemos uma pandemia, estamos com mais de 14 milhões de desempregados e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, alerta Eneida.
Em Santos
Duas agências em Santos serão desativadas nos planos do banco. A agência Santista, à Rua Dom Pedro II, 49, Centro, e o Posto de Atendimento que fica na esquina do Canal 5 com Epitácio Pessoa, à Avenida Almirante Cochrane, 47, Embaré.
“A população será prejudicada. Passará a contar com uma rede de agências menor, com menos funcionários. Algumas cidades ficarão sem agências. O atendimento vai ser ainda mais precarizado”, diz André Elias, dirigente do sindicato e bancário do BB.