Os servidores públicos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que atuam na Baixada Santista, iniciaram uma greve sanitária contra a volta do atendimento presencial nos fóruns da região. O movimento foi aprovado pela maioria de votos em uma assembleia virtual.
A greve recebe o apoio da Associação de Base dos Trabalhadores do Judiciário do Estado de São Paulo (Assojubs) e do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Judiciário Estadual na Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira do Estado de São Paulo (Sintrajus).
Segundo a Assojubs, os funcionários continuam atuando de forma remota. O sindicato disse, via comunicado, que a razão da greve sanitária é o retorno dos trabalhos presenciais pelo TJ-SP, que estavam paralisados desde março devido à pandemia do coronavírus.
A categoria destacou que a greve sanitária seria a “recusa em trabalhar sob determinadas condições que coloquem em risco a saúde e a vida” dos servidores.
Além disso, segundo as entidades, os servidores do Judiciário estão cumprindo seus deveres por home office e que estariam, inclusive, batendo recordes de produtividade.
Sem garantias
“Não há garantias sanitárias aos trabalhadores durante o trajeto de sua casa ao trabalho, quando ônibus, trens e metrôs estão lotados em nossas cidades, com sérios flagrantes de desobediência às determinações oficiais”, apontou o comunicado.
O TJ-SP divulgou que ainda é prematuro um posicionamento em relação à greve dos servidores. De acordo com o TJ, é preciso antes verificar o grau de adesão ao movimento.