Trabalhadores portuários realizaram um protesto, nesta segunda-feira (5), com o objetivo de pedir vacinação contra a Covid-19 para a categoria. A manifestação ocorreu em frente ao prédio da Santos Port Authority, a autoridade portuária no Porto de Santos.
O grupo usou faixas e cartazes para pedir vacinação e ainda fez uma homenagem aos portuários que morreram, vítimas da pandemia do coronavírus.
“Não paramos os portos, continuamos o trabalho, mesmo enfrentando esse vírus. Mais de 40 trabalhadores vieram a óbito, outros se infectaram, outros estão internados e intubados. Os trabalhadores estão morrendo e levando a infecção para dentro de sua residência, para sua casa”, desabafou o portuário Sandro Olímpio da Silva, conhecido como Sandro Cabeça, em entrevista ao G1.
O setor portuário é fundamental para o abastecimento do país. Além disso, boa parte da população de Santos e Guarujá trabalha na área portuária, mais um motivo para que o critério de vacinação seja alterado na região.
“As cidades e os estados podem modificar. Santos tem essa característica. A maioria dos trabalhadores é do porto. Os trabalhadores portuários têm que ter a prioridade na vacina, tem que ser vacinados para poder eliminar de vez o risco de contaminação na cidade, vai reduzir muito esse risco”, ressalta Sandro Cabeça.
Retornos
A prefeitura de Santos, em nota, disse que a cidade segue o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19. O envio das doses e a decisão sobre os respectivos públicos-alvos a serem vacinados são de responsabilidade do governo do estado.
Já o governo de São Paulo, por sua vez e também via nota, afirmou que a destinação de mais vacinas contra Covid-19 pelo Ministério da Saúde “é crucial para continuidade da campanha e expansão dos públicos-alvos. Toda estratégia de distribuição das grades e inclusão de novos públicos seguem os critérios técnicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e à medida que o ministério viabiliza novos quantitativos”.