Reprodução/Clube XV

Com 151 anos, o Clube XV, em frente à praia, no Canal 3, um dos mais antigos do Brasil, não teve lances na primeira praça ou primeiro leilão que começou na sexta-feira e terminou nesta segunda-feira, às 15 horas. A estrutura que está avaliada em R$ 22,4789.622,74 (100%).

Agora, segue até o dia 14 de julho, a segunda praça (leilão) o Clube XV tem um desconto de 50%, ou seja, R$ 11.244.811,37 e quem der a maior oferta compra tudo livre de qualquer encargo.

Atualmente com perto de 80 sócios adimplentes, o Clube XV sempre foi um marco na sociedade santista, em razão das diversas atividades sociais que organizava. Até 2001, ocupava um prédio clássico que foi colocado abaixo para a construção de um hotel, um flat, um centro de negócios. As instalações passaram a ocupar os quarto e quinto andares do novo prédio.

O presidente do XV Gilberto Ruas garantiu que ainda estão tentando evitar que o clube seja leiloado, mas a ação já transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso e foi proposta pelo condomínio do prédio que ocupam. “Quando passamos para o novo prédio, em 2001, a diretoria de então assinou um contrato que estipulava que o XV só pagaria condomínio das áreas que o beneficiasse. ´´E uma interpretação dúbia e que fez com que o condomínio depois acionasse o clube”, disse Ruas.

Ruas ressaltou que o Clube XV vive hoje de locação de espaços dentro das suas instalações. “Alugamos para academia, restaurante e lojas. Assim que mantemos a estrutura”.

História
Fundado em 12 de junho de 1869, o clube surgiu do desentendimento de um grupo de sócios da antiga Sociedade Carnavalesca Santista. Reunindo-se na casa de Antônio Pinho Brandão, foi decidida a fundação nos estilo do que acabavam de abandonar. Decidiram chamar a nova entidade de Clube XV em razão do número de fundadores presentes. Poderia ter sido chamado de Clube dos XV, mas foi descartado, pois parecia uma restrição.

Os fundadores foram: Adolfo Millon, Alberto Bittencourt, Antônio Alves da Silva, Antônio Freire Henriques, Antônio de Pinho Brandão, Benedito Aires da Silva, Bernardino Bernardo Pereira, Bernardo Martins dos Santos, Eugênio de Oliveira, Isaías Mariano de Andrade, João da Luz Pimenta, João Moreira de Sampaio, Joaquim Otaviano da Silva, José Marques de Carvalho e Raimundo Gonçalves Corvelo.

O clube sempre procurou uma posição de destaque nas atividades carnavalescas e nos atividades sociais, em 1870 não houve comemoração carnavalesca, em razão à epidemia de febre amarela que atingia Santos e ao final da Guerra do Paraguai, que constituíam os principais motivos de perturbação da população santista. Já em 1871 participou das festividades carnavalescas, competindo a Sociedade Carnavalesca Santista (a banda de música do Clube XV executava o hino carnavalesco, composto pelo maestro Wanckegine) saindo da sua sede social, situada, na época, na Rua Áurea, 152 (N.E.: atual Rua General Câmara). O clube cresceu com o desenvolvimento agrícola e industrial de Santos.