Família teve a casa destruída com a queda de uma árvore que estava dentro do local - Créditos: Arquivo pessoal

Uma casa ficou destruída após uma árvore cair e atingir o imóvel que fica na Avenida Gérson Maturani, no bairro Enseada, em Guarujá, na última quarta-feira (17). Na oportunidade, uma bebê de 9 meses estava um dos cômodos do local e chegou a ficar sobre os escombros, mas foi resgatada e passa bem. A família proprietária do local pediu sucessivas vezes a poda do tronco à Prefeitura, mas ela não foi atendida.

O que aconteceu

Enquanto estava trabalhando em Santos, a auxiliar de serviços gerais Patrícia Cruz, de 48 anos, recebeu a ligação da filha dizendo que uma árvore tinha caído em cima da casa onde moram. Rapidamente, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para retirar os destroços.

Em um vídeo registrado por vizinhos, é possível ver que os galhos e troncos atingiram a cozinha, uma área onde funcionava um pequeno salão de beleza e dois quartos. Em um deles, estava a neta de Patrícia, de 9 meses, que ficou debaixo dos escombros. Ela foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Enseada, realizou exames e, felizmente, sofreu apenas escoriações e passa bem. Assista às cenas da casa destruída.

No imóvel, moravam Patrícia, a filha, o genro e a neta. Ela revela que não é a primeira vez que esse tipo de acidente acontece no imóvel, mas, anteriormente, apenas a cozinha tinha sido atingida. “Desde 2018, a gente vem pedindo para a Prefeitura fazer a poda dessa árvore, tenho todos os requerimentos. Agora, eu perdi a casa toda, quase perdi a minha neta. Não sei se vou poder voltar”, conta.

Uma engenheira da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) de Guarujá compareceu ao local e, de acordo com Patrícia, afirmou que não era possível realizar a poda da árvore e que ela deveria continuar. A auxiliar de serviços gerais ainda diz que existem mais três árvores que estão oferecendo riscos para outras casas do local.

Autoridades respondem

Por meio de nota, a Prefeitura de Guarujá informou que a árvore em questão está em uma área particular, um condomínio, e, por isso, a manutenção do local é realizada pela Associação Mirante da Enseada.

O município prossegue, ao dizer que foi informado que a associação, inclusive, solicitou autorização para o manejo de outras árvores dentro de seus domínios, o que foi devidamente providenciado pela Semam; porém, não há registro de pedido específico de manejo para a árvore em questão.

Procurado, o gerente da associação, Paulo Henrique Oliveira Alves, afirmou que, na verdade, as árvores estão em áreas públicas e que, desde 2018, também tinha pedido a autorização para a poda.

Segundo Patrícia, a entidade informou que o motivo da queda da árvore seria uma infestação de cupins. Além disso, diz ela, o condomínio onde moram realiza a poda somente de um lado, o que favorece as quedas.

Agora, Patrícia e a família estão morando de favor na casa da vizinha. A professora Roseneide Costa foi quem cedeu o espaço para que pudessem ficar e, assim como a vitimada, teme que as árvores acabem destruindo outros imóveis. “Há anos, pedimos a poda dessas árvores e nada foi feito. Estamos correndo risco. O condomínio plantou essas árvores e, quando questionamos, fala que não pode fazer nada”, explica.

A Prefeitura ainda informou, por meio de nota, que está prestando todo o apoio necessário à família, com suporte da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (Sedeas). No entanto, Patrícia pede ajuda: “Perdemos praticamente a casa inteira. Ela era própria, agora teremos que alugar outra para poder reconstruir. Peço que quem puder nos ajudar com qualquer coisa entre em contato pelo telefone (13) 99165-0804. Estamos desesperados”, finaliza.

Com informações de A Tribuna