Por Carolina Fortes
Associações estudantis, como a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), se manifestaram nesta quinta-feira (28) contra o projeto que acaba com a meia-entrada em eventos, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na noite desta quarta-feira (27).
“O PL300/21 aprovado em SP é um ataque frontal ao nosso direito à meia-entrada! Venha se mobilizar contra esse absurdo, use a tag #VetaPL300“, postou a Ubes nas redes sociais.
O texto, de autoria de um dos integrantes do MBL, o deputado estadual Arthur do Val (Patriotas-SP), conhecido como Mamãe Falei, diz que a meia-entrada em eventos artísticos, cinema, dentre outros, hoje reservada a apenas algumas categorias, como idosos e estudantes, passa a ser válida “a todas as pessoas com idades entre 0 e 99 anos”.
Na prática, isso significa o fim do benefício, já que a meia-entrada passaria, automaticamente, a ser o preço padrão cobrado pelas bilheterias.
Mamãe Falei se vangloriou do projeto nas redes sociais, colocando-o como uma das aprovações feitas por ele durante os três anos de mandato, junto à redução salarial de deputados durante a pandemia e a compra de vacinas contra a Covid-19.
Impacto econômico
Sobre a meia-entrada, ele argumentou que a medida gera “impacto econômico negativo no setor cultural”. Votaram contra o projeto os deputados Janaina Paschoal (PSL), Douglas Garcia (PTB) e as bancadas do PSOL e do PSL. Agora, a proposta vai à sanção do governador João Doria (PSDB).
O direito à meia-entrada para categorias específicas é previsto em leis federais, como o Estatuto do Idoso, que garante o direito a idosos com mais de 60 anos, e uma outra norma que regulamenta a meia-entrada a pessoas com deficiência e estudantes.