O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que bastavam dois sintomas genéricos para que o aplicativo do Ministério da Saúde, o TrateCov, prescrevesse remédios ineficazes contra a Covid-19.
De acordo com informações do Metrópoles, se a pessoa informasse estar com dor de cabeça e náuseas, ela já receberia a prescrição de remédios comprovadamente sem eficácia no combate à doença.
Os medicamentos indicados pelo aplicativo eram a hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, todos eles medicamentos defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e inúmeros estudos publicados em revistas acadêmicas, esses remédios, além de serem completamente ineficientes contra a Covid, ainda podem trazer danos à saúde do paciente.
Capitã Cloroquina
Em depoimento à CPI, a médica Mayra Pinheiro, conhecida como a Capitã Cloroquina e responsável pelo app, afirmou que o aplicativo sofreu uma invasão hacker. Porém, o relatório do TCU diz que isso não ficou comprovado.
Quem também defendeu a tese de que o aplicativo TrateCov foi alvo de hacker, foi o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
O relatório do TCU foi entregue à presidência da CPI da Covid.