Divulgação/PMG

Os surfistas bem que tentaram, mas não vai ser dessa vez que a Prefeitura de Guarujá vai liberar as praias para quem gosta de pegar onda. A Associação de Surf de Guarujá(ASG) protocolou, na terça-feira, um requerimento pedindo o relaxamento dos bloqueios nas praias para quem gosta de praticar o esporte.

O presidente da ASG, Ademir Silva, disse que a Cidade tem 180 filiados à associação, mas que Guarujá tem uns 400 surfistas no total. “Sabemos a situação do vírus, da doença, e da quarentena. Em princípio, o prefeito Valter Suman me garantiu que ia liberar o surfe no dia 7 de abril, o que não aconteceu”.

Silva acha que o surfe não iria atrapalhar a quarentena, pois é um esporte solitário, sem aglomerações e contatos com outras pessoas. ” O cara vai lá, pega suas ondas e depois saí da água e volta para casa”.

Ofício protocolado na Prefeitura de Guarujá

Ele disse que tem um grupo de ajuda às vítimas das chuvas recentes em algumas comunidades como Barreira do João Guarda e Canta Falo, e que os surfistas do grupo começaram a lhe cobrar uma resposta sobre a proibição. “Falei com o prefeito e ele me disse que não pode liberar, pois isso vai atrair o banhista, o ambulante etc. Falou ainda que vai durar até o dia 22 de abril”.

O surfista garatiu que espera uma resposta até esta quinta-feira, por parte da Prefeitura. “O surfe é bom para quem tem depressão, está estressado ou mesmo problemas respiratórios. Essa proibição afeta muita gente”. Ele garantiu que existem praias no Litoral Norte que estão sendo frequentadas pelos surfistas. “Um fala para o outro e todos acabam indo para lá”.

Resposta
A Prefeitura de Guarujá informou que a interdição das praias segue uma diretriz definida pelos nove prefeitos da Baixada Santista, via Condesb, e reitera que a medida também foi adotada pelas principais cidades litorâneas não só no Brasil, mas em diversas cidades do mundo. O Município vem analisando, também de forma metropolitana, riscos e formatos para um possível relaxamento de algumas medidas restritivas impostas em razão da pandemia, mas observa que a liberação para a prática do surfe acentuaria o potencial de atração de frequentadores às praias, inclusive vindos de outras cidades, podendo causar distúrbios nas barreiras rodoviárias e nas travessias marítimas, montadas, também, em razão da pandemia.