Foto: Agência Brasil

A partir desta quinta-feira, 07, começa a vigorar o decreto que torna obrigatório o uso de máscaras faciais em todos os espaços públicos do Estado de São Paulo. Publicado no Diário Oficial do Estado, a determinação prevê a aplicação de multa que pode chegar a R﹩ 276 mil e até detenção por até um ano, em caso de descumprimento.

Epicentro da pandemia no país, o Estado já contabiliza mais de 32 mil casos da doença, por isso as autoridades de saúde seguem adotando novas medidas de enfrentamento ao novo Coronavírus e as máscaras faciais se tornaram importantes símbolos desta batalha. Instrumentos fundamentais de proteção, elas ajudam a evitar a propagação do vírus.

Além de distribuição gratuita, existem muitas pessoas e pequenas empresas vendendo máscaras

A prática já faz parte do cotidiano do brasileiro, mas ainda é possível encontrar pessoas utilizando a máscara de forma incorreta e até mesmo não adotando o uso. O médico Alex Galoro, Gestor do Grupo Sabin, explica que as máscaras devem ser utilizadas sempre que sair de casa e enfatiza que elas são eficazes somente se usadas de forma correta, sem deixar de lado a limpeza frequente das mãos com água e sabão ou higienizadas com álcool em gel 70%.

“As máscaras devem cobrir completamente nariz e boca e ficar bem rente à bochecha. Se não estiverem encaixadas corretamente, a vedação ao redor da boca e do nariz ainda poderá permitir que as partículas deslizem pela lateral. Devem ser trocadas sempre que ficarem úmidas, a cada duas horas em média e devem ser retiradas de trás para frente. Também é importante descartar em local adequado e lavar bem as mãos”, orienta.

De acordo com o especialista, o uso das máscaras é imprescindível por diversos fatores e um deles é a rápida propagação do vírus no ar. “Estudos clínicos mostram que depois de infectar um pessoa, o vírus se multiplica muito rapidamente nas células do organismo e à medida em que ele se replica, novas partículas virais saem das células e ficam suspensas nos fluidos corporais de boca, nariz e pulmões dos pacientes. Se o infectado tossir, pode transmitir até 3.000 gotas cheias do vírus ao ar. Com a máscara, essa transmissão pode ser reduzida em até 90%”.

O médico explica ainda que outra razão que reafirma a importância do uso da máscara tem a ver com a prevalência de portadores assintomáticos que podem espalhar o vírus sem saber. “Estima-se que de aproximadamente 20% dos infectados tenham o vírus sem desenvolver nenhum sintoma. Adicione ainda um período de incubação, de mais ou menos cinco dias, até que os primeiros sintomas apareçam. Se todos estiverem usando máscaras, a redução da quantidade de vírus entrando nos ambientes é fato”.

As máscaras caseiras precisam ser desinfetadas para maximizar seu potencial. “O CDC (Center for Disease Control) dos EUA recomenda lavar as máscaras com bastante água e sabão porque há uma gordura que envolve o Coronavírus e ela precisa ser retirado totalmente”, afirma o especialista.