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Equipes da Secretaria de Saúde estarão em vários pontos de Santos fazendo testes rápidos de Covid-19, nesta sexta-feira (15), para a segunda fase da pesquisa que identificará, por amostragem, o percentual de pessoas que já tiveram contato com o novo coronavírus nas nove cidades da Baixada Santista.

Desde quarta-feira (13), agentes comunitários de saúde e equipes de enfermagem estão abordando pessoas escolhidas aleatoriamente, via sistema computadorizado, para participarem da pesquisa, que servirá de base para a adoção de medidas contra a pandemia nos municípios da região. A análise dos resultados desta segunda etapa deve ser divulgada na próxima semana.

A pesquisa, denominada Epidemiologia da Covid-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista (Epicobs), é formada por quatro etapas, com intervalo de 15 dias entre cada uma. A expectativa é de que, ao final de dois meses, cerca de 10 mil pessoas diferentes sejam testadas na Baixada Santista. A compra dos testes rápidos foi financiada pelo Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb).

“Com o resultado da segunda etapa da pesquisa comparado ao da primeira, teremos a velocidade de avanço da epidemia na região”, esclarece o presidente do Conselho da Fundação Parque Tecnológico de Santos e um dos coordenadores da pesquisa, Rogério Santos.

Ele explica que “os resultados destas quatro fases são fundamentais para planejar ações imediatas, não só na Saúde, mas também na Assistência Social e na Economia, além de balizar o Governo do Estado quanto à situação da Baixada Santista e as medidas de flexibilização regional”.
 
Com realização da Fundação Parque Tecnológico de Santos, a iniciativa reúne mais de 40 pesquisadores de todas as universidades da região e tem apoio da Associação Comercial de Santos. Além disso, foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do Conselho Nacional de Saúde.

Visita

Em Santos, os munícipes escolhidos pelo sistema computadorizado recebem a visita de agentes comunitários de saúde e de equipes de enfermagem em suas residências. Estão devidamente paramentados com equipamentos de proteção individual descartáveis (máscara, gorro, óculos, avental) e identificados com crachá. Todos foram treinados para a esse trabalho.

O munícipe receberá todas as informações sobre a pesquisa e um número de telefone para tirar dívidas. Caso aceite contribuir voluntariamente com o estudo, deve assinar um documento. 

O exame serve para verificar, por amostragem, quantas pessoas já tiveram contato com a doença a partir da identificação de anticorpos. É diferente do exame realizado na fase de sintomas, feito a partir da coleta de secreção das mucosas nasal e oral, quando o objetivo é identificar a presença do novo coronavírus.

Os munícipes participantes responderão ainda a um questionário sobre dados pessoais como sexo, idade, profissão e informações socioeconômicas como, por exemplo, se perdeu emprego durante a pandemia.

Imediatamente, as informações alimentarão um banco de dados, que também será considerado nas decisões dos governos municipais no enfrentamento ao novo coronavírus.