Divulgação/PMS

A Prefeitura proibiu a circulação de pessoas pelo calçadão da orla de Santos a partir deste sábado (4). A medida foi decretada nesta sexta-feira e tem validade de uma semana, podendo ser ampliada ou flexibilizada após esse período, de acordo com a evolução dos contágios pelo novo coronavírus na Cidade.

Já a ciclovia ficará limitada ao uso exclusivo daqueles que usam bicicleta para trabalhar, ficando vetada para atividades esportivas, turísticas e de lazer.

Grades
Para impedir a circulação de pedestres, grades deverão ser posicionadas ao longo do calçadão das praias da Cidade. Uma força-tarefa que reúne profissionais das secretarias municipais atuará em toda a extensão para fiscalizar e impedir que pessoas decidam passear pelo calçadão e desrespeitem as medidas de quarentena adotadas em todo o Estado, desde o início da quarentena.

Devem ser colocadas também fitas zebradas para demarcar as áreas em que o acesso estará proibido e carros de som vão circular pelas ruas do Município dando avisos à população santista sobre as novas determinações.

Em caso de desrespeito às determinações, a Polícia Militar poderá ser acionada, com respaldo do artigo 268 do Código Penal, que prevê pena de detenção e multa.

“Adotamos medidas importantes de restrição à faixa de areia e a população vem respeitando. Mas, no calçadão, a gente não viu a mesma adesão. Então, vamos restringir também, em virtude do aumento dos casos de Covid-19 no Brasil. Chegamos a quase 10 mil, com mais de 400 mortos. Em Santos, já há quase 100 casos confirmados”, explica o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, expondo os desafios do combate à pandemia. “Faltam insumos e leitos. Há uma corrida dos municípios para preparar a rede hospitalar. Portanto, nesse momento, o recomendável é a prudência. O isolamento é a maior arma que temos no mundo inteiro”.

Para ele, a medida deve conscientizar quem ainda utilizava a orla para práticas esportivas e de lazer. “Há uma minoria de pessoas que ainda não têm consciência do risco a que estão submetendo a si mesmas e aos próprios familiares. Aqueles que hoje estão correndo no calçadão, amanhã podem estar correndo por uma vaga de UTI. E isso é o que a gente não quer. Estamos agindo com absoluto rigor e responsabilidade. Precisamos zelar pelo direito à vida”.

Os decretos municipais 8.896 (19/3/2020) e 8.898 (20/3/2020) declararam, respectivamente, estado de emergência e estado de calamidade pública na Cidade.