Os prefeitos atuais e eleitos das nove cidades da Baixada Santista decidiram ignorar as determinações do governo do estado e vão manter a região na fase amarela do “Plano São Paulo” de flexibilização das medidas de combate à pandemia do coronavírus.
Os representantes dos municípios alegam que as resoluções do governador João Doria (PSDB) e sua equipe foram tomadas sem previsibilidade, ou seja, sem dar tempo de adequação às cidades da Baixada.
A reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) ocorreu nesta quarta-feira (23), um dia depois que o governo estadual reclassificou o estado para a fase vermelha, nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e em 1, 2 e 3 de janeiro.
Com isso, somente serviços essenciais, como farmácias e mercados, seriam permitidos. Bares, restaurantes e comércio, por exemplo, ficariam impedidos de funcionar.
“Estamos mantendo a Baixada Santista na forma como ela se encontra hoje e contando com a responsabilidade dos comerciantes e das pessoas para manter tudo que já destacamos no que se trata dos cuidados da saúde. Foi uma decisão dos nove prefeitos, devido à falta de previsibilidade, porque entendemos que retroceder a região para a zona vermelha é impraticável”, declarou Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos e presidente do Condesb.
“Precisamos de preparo, planejamento e organização. Seria impossível praticar no período e no tempo em que as medidas foram anunciadas. A capacidade de fiscalização seria dos municípios e também ficariam comprometidas em um período de tempo muito curto. E por isso decidimos manter a Baixada Santista na área amarela e todos os comércios devem respeitar os protocolos desta fase, os cuidados devem ser permanentes porque a pandemia não acabou”, acrescentou o tucano.
O prefeito santista afirmou, ainda, que tem certeza que o governador compreenderá a decisão e informou que o estado precisará apoiar algumas medidas de segurança que chama de fundamentais, como fechamento da orla, nos dias 31 e 1, barreiras sanitárias e impedimento da chegada à região de vans de turismo.
O Condesb, de acordo com Barbosa, solicitará o cancelamento da Operação Decida. “Entendemos que isso é um estímulo à vinda de turistas para a Baixada”, destacou o prefeito de Santos.
O que funciona
Na fase amarela, shoppings, galerias e estabelecimentos comerciais podem abrir com ocupação limitada a 40% da capacidade total do lugar, além de horário reduzido de 10 horas. Praças de alimentação, ao ar livre ou em áreas arejadas, estão liberadas.
Os bares, restaurantes e similares podem funcionar somente ao ar livre ou em áreas arejadas, com ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local, horário reduzido de 10 horas. O consumo local está permitido até 17 horas.