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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou nesta quarta-feira (16), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, do lançamento do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Em seu discurso, o ministro questionou a “ansiedade e angústia” dos brasileiros pela vacina.

“Vamos levantar a cabeça. Acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra quê essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, disse.

O Brasil acumula mais de 181 mil vidas perdidas para o coronavírus. Esse total representa 11% do 1,626 milhão de mortes provocadas pelo vírus no mundo. No Brasil, vivem 2,7% da população mundial.

Ao comentar sobre o plano de vacinação, o ministro deixou de mencionar informações importantes, como a data de início do processo. O governo afirma que é preciso esperar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o registro de vacinas.

“Vai ser um plano guarda-chuva, que vai pegar toda a execução, desde a definição de grupos, a execução, a logística nos estados. São quatro fases […]. Os estados serão responsáveis pela logística de distribuição até os municípios, isso com o Ministério da Defesa fazendo o acompanhamento”, comentou.

“Não se preocupem com a logística, a logística é simples. Apesar do nosso país ser desse tamanho, nós temos estrutura”, completou.

Provocação

Em outro trecho do discurso, o ministro provocou estados rivais do governo federal, como é o caso de São Paulo, governado por João Doria (PSDB), afirmando que todos serão tratados de forma igualitária no processo de vacinação.

“O mais importante não é apresentar o plano, é demonstrar que todos estamos juntos. Todos os estados vão ser tratados de forma igualitária, proporcional. Não haverá nenhuma diferença”, disse.

Apesar da pandemia, o evento de lançamento do plano de vacinação foi marcado por aglomeração e autoridades sem máscara de proteção contra o vírus – incluindo o próprio presidente e ministros.