Por Carolina Fortes
Uma nova variante da Covid-19 detectada na África do Sul está gerando pânico em várias regiões do mundo. Países da Europa, Oriente Médio e Ásia suspenderam voos oriundos do sul da África após a descoberta da cepa B.1.1.529, considerada com o maior número de mutações.
Até agora, foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; 4 casos em Botsuana; 1 em Hong Kong (uma pessoa que voltou de uma viagem à África do Sul) e 1 em Israel (uma pessoa que voltou do Malaui).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou no Twitter que irá propor que todos os países membros do bloco proíbam voos oriundos da África do Sul. Reino Unido, Alemanha, Itália, França, República Tcheca, Israel, Cingapura e Japão já anunciaram a medida.
A ministra do Turismo da África do Sul, Lindiwe Sisulu, divulgou comunicado no Twitter classificando como “decepcionantes” as restrições por parte do Reino Unido e afirmou que seu país continua “aberto para viagens de negócios e turismo”.
“Continuaremos trabalhando com os países que estão limitando as viagens para garantir que as melhores intervenções possíveis sejam implementadas”, escreveu.
Vacinação na África do Sul é baixa
Uma das principais preocupações é em relação ao grande número de mutações da variante, o que pode torná-la pouco resistente às vacinas. Porém, é necessário que mais estudos sejam feitos para concluir o quão perigosa ela é.
De acordo com o Ministério do Turismo da África do Sul, a reputação epidemiológica do país é mundial e o setor de saúde “tem demonstrado resiliência, competência e expertise desde o início da pandemia da Covid-19”.
Até o momento, apenas 24% da população da África do Sul foi vacinada contra o coroonavírus, segundo dados do Our World in Data.