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O Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar a postura do Conselho Federal de Medicina (CMF) sobre a utilização do chamado “Kit Covid” em pacientes acometidos pela doença causada pelo coronavírus. Uma ação contra instituição está no radar dos procuradores.

A partir de uma representação do cardiologista Bruno Caramelli, professor da USP, o procedimento foi instaurado pelo MPF. Será investigado se Conselho apoiou “o uso indiscriminado do tratamento precoce com medicamentos sem nenhuma evidência científica sobre seus benefícios”.

A Procuradoria da República em São Paulo destacou que, “com base em informações preliminares, os autos em tela possuem diversos argumentos indicativos de uma atuação possivelmente irregular do CFM”.

Posicionamento

Representado pela advogada Cecilia Mello, o médico denunciante aponta que, a inexistência de um posicionamento firme do CFM contra o uso de medicamentos “impulsiona um abrandamento das medidas efetivas de combate à pandemia”, como o distanciamento social e máscara, pois, a ausência de um posicionamento do Conselho induz a população a acreditar que há tratamento para além das vacinas.

Por fim, a representação contra o CFM também afirma que o Ministério da Saúde já alegou ter usado parecer pró-Kit Covid do CFM para embasar nota informativa da pasta sobre tratamento precoce.

Com informações d’O Globo

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).