“Essa calibragem técnica é para só fazer transições de fase no momento correto”, diz Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico – Foto: Reprodução

O governador do estado, João Doria (PSDB), anunciou, nesta segunda-feira (27), novos critérios para o “Plano São Paulo” de retomada econômica. Agora, para uma região avançar da zona amarela (fase 3) à verde (fase 4), o percentual de ocupação de leitos de UTI poderá variar entre 75% e 70%, além de permanecer por 28 dias consecutivos na etapa intermediária. As regras começam a valer a partir da próxima sexta (31).

“O objetivo é aprimorar o plano para torná-lo mais eficiente e adequado à realidade que vivemos neste momento da pandemia. O ‘Plano São Paulo’ é eficiente exatamente por ser uma ferramenta dinâmica, e não estática, de enfrentamento à pandemia. E por isso é reconhecido pelos mais renomados e respeitados cientistas”, destacou o tucano.

A mudança visa garantir mais estabilidade no ajuste de fases, sobretudo na transição da amarela para a verde. Com as novas margens de capacidade hospitalar e de evolução da pandemia, as regiões ficam menos sujeitas a alterações de fase no “Plano São Paulo” sem uma mudança relevante nesses indicadores.

Dentre os critérios anunciados, está a alteração do índice de ocupação de leitos de UTI, que atualmente precisa estar abaixo de 60%, para até 75%. A medida permite que os municípios liberem leitos de UTI reservados a pacientes graves com coronavírus para outras especialidades médicas.

Para assegurar que a zona verde seja alcançada por regiões que estejam caminhando para o controle da epidemia, qualquer Departamento Regional de Saúde (DRS) ou sub-região deverá passar 28 dias consecutivos na fase amarela.

Internações e mortes

Outra alteração é que os indicadores de variação das internações e variação dos óbitos exigirão números absolutos por 100 mil habitantes. Os novos índices ainda serão aprovados pelos especialistas do Centro de Contingência de coronavírus nesta terça (28), mas devem ficar abaixo de entre 30 e 40 internações e de três e cinco mortes por 100 mil habitantes.

“Essa calibragem técnica é para promover estabilidade e só fazer transições de fase no momento correto. Esses fatores absolutos são indicadores que têm sido utilizados mundialmente e que, na discussão do Centro de Contingência, insistiu-se nessa ‘trava’ além das quatro semanas”, ressaltou Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do estado.