Conforme era esperado, o governo do estado de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (9), o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras contra o coronavírus em ambientes abertos.
A decisão, que alcança todo o estado, entra em vigor já nesta quarta. Porém, a norma não valerá para espaços fechados, como acontece na cidade do Rio de Janeiro.
Com isso, continua obrigatório o uso do acessório em escolas, por exemplo, segundo declarou o governador João Doria (PSDB). Ele assinou o decreto sem usar a máscara, no jardim do Palácio dos Bandeirantes.
Regiane de Paula, coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunização, disse que o estado se aproxima do percentual de 90% da população acima dos 5 anos de idade com o esquema vacinal primário completo, segundo informações da CNN Brasil.
Até o momento, sete capitais e o Distrito Federal, incluindo a cidade de São Paulo, desobrigaram a utilização da máscara de proteção contra a Covid-19 em locais abertos ou públicos. Porém, mantêm a obrigatoriedade em locais fechados.
São elas Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), São Luís (MA), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Macapá (AP) e São Paulo (SP).
Infectologista diz que não é hora de flexibilizar o uso do acessório
O infectologista Marcos Caseiro alerta para o fato de que retirar a obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos e fechados pode fazer com que o vírus produza nova cepa.
“Certamente a possibilidade do surgimento de uma nova cepa mutante é grande. Nós estamos no pós-carnaval, teve feriadão. As pessoas deveriam ter um pouco mais de paciência. A máscara não é uma algema. Em ambiente fechado as pessoas devem continuar a usar máscara e eu diria: por tempo indeterminado, até que nós tenhamos absoluta regularização na diminuição no número de mortes”, diz Caseiro.
Ele também atenta para o fato de que “a máscara e o isolamento social, associados à vacina, são os principais modos de proteção para o controle do coronavírus”.
O infectologista pede mais prudência. “É uma medida sem lógica, irracional, acho que nós temos que ir com mais prudência, manter a utilização de máscara até que a gente tenha um nível residual de casos e de morte”, finaliza Caseiro.