A Madison Biotech, empresa usada para tentar receber antecipadamente US$ 45 milhões da compra pelo governo Bolsonaro da Covaxin, deve ser de fachada, de acordo com a cúpula da CPI da Covid. O endereço da offshore é o mesmo em que investigações internacionais já apontaram que cerca de 600 empresas de fachada estão registradas.
“As informações que estamos colhendo apontam para que a Madison, usada pela Precisa para receber ilegalmente pagamento antecipado da venda da Covaxin, seja uma empresa de fachada. No mesmo endereço dela, já foi denunciado que 600 empresas de fachada estão registradas”, revelou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para o blog de Valdo Cruz.
Randolfe revelou ainda que a CPI vai levantar quem são os sócios da empresa, com quem ela tem transações financeiras e por quem foi criada em fevereiro do ano passado. “Essa mesma empresa está envolvida em irregularidades no Paraguai na venda da mesma vacina”, alertou o senador.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou na coletiva desta quarta-feira que a Madison é, na verdade, um braço legal da Bharat Biotech, fabricante da vacina.
Pagamentos irregulares
A CPI da Covid não acredita nessa versão. Para o vice-presidente da comissão, ela pode até ser ligada à Bharat Biotech, mas a suspeita é que seria uma empresa de fachada usada para pagamentos irregulares.
“Por que não fazer o pagamento diretamente para a Bharat Biotech, por que usar uma empresa em Cingapura?”, questionou Randolfe.
Com informações do Blog do Valdo Cruz