Covas coletivas em Manaus, Amazonas - Foto: Reprodução

Além de ser o dia que marca o aniversário do Golpe Militar de 1964, que culminou na ditadura, este 31 de março ficará marcado, para os brasileiros, por mais um fato triste: trata-se do dia em que o país registrou o maior número de mortes em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia.

Segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24 horas foram contabilizadas 3.869 mortes, superando o recorde macabro de terça-feira (30), quando foram registrados 3.780 óbitos. Com os novos números, o total de vidas perdidas para a Covid-19 no Brasil passa a ser de 321.515.

Também foram contabilizados, pelo Conass, 90.638 novos casos confirmados da doença, o que faz o acumulado chegar a 12.748.747 casos.

Enquanto o Brasil amarga como sendo o epicentro da pandemia no mundo, com recordes de mortes sendo batidos diariamente, Jair Bolsonaro segue pregando, como fez hoje, contra as medidas de restrição e o isolamento social, principais formas de atenuar os efeitos da crise sanitária, visto que o Brasil ainda não conta com vacinação em massa.

Além disso, ao invés de centrar esforços na resolução da principal crise, que é a pandemia, Bolsonaro cria outras, como a que culminou na demissão coletiva da cúpula das Forças Armadas às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964. A data, inclusive, foi celebrada pelo governo através de uma nota elogiosa à ditadura, publicada nesta terça-feira (30), no site do Ministério da Defesa. O vice-presidente Hamilton Mourão também celebrou o golpe no dia mais letal desde o início da crise sanitária.