As desigualdades sociais e econômicas entre as regiões do Brasil foram mais decisivas na disseminação do coronavírus e no número de mortes do que a faixa etária das pessoas infectadas e pela presença de doenças crônicas, como se deu em diversos países da Europa. A constatação é de um estudo feito por pesquisadores brasileiros do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e que foi publicado na revista Lancet, publicação acadêmica de grande destaque internacional.
Ao comparar os índices de vulnerabilidade socioeconômica dos estados aos registros de casos e mortes por Covid, o estudo mostra que o impacto foi maior nas regiões mais pobres, com menos recursos médicos, como o Norte e o Nordeste.
Apesar dos primeiros casos de Covid-19 terem sido registrados em São Paulo e no Rio de Janeiro, a mortalidade da doença se espalhou rapidamente em estados mais pobres.
Política nacional
Além das questões sociais e econômicas, a falta de uma política nacional de combate ao coronavírus foi outro fator que contribuiu para a disseminação do vírus.
Até este momento, o Brasil acumula mais de 355 mil óbitos por Covid-19, com uma média de 3 mil vítimas diárias.
Com informações do Estado de S. Paulo