Foto: Divulgação/Instituto Butantan

A vacinação contra a Covid-19 no estado deve começar em janeiro e ser completada até fevereiro de 2021. Pelo menos é o que declarou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (3).

Em parceria com o Instituto Butantan, o governo viabilizou um acordo para importação e produção no Brasil da CoronaVac, elaborada pelo laboratório chinês Sinovac.

A chegada de matéria-prima suficiente para a produção de 1 milhão de vacinas ocorreu nesta quinta. Este material se junta às 120 mil doses que já embarcaram no país.

“Com mais este lote de vacinas já temos no Instituto Butantan 1,12 milhão de doses. Até a primeira quinzena de janeiro, teremos 46 milhões de doses disponíveis para a população de brasileiros do estado de SP”, disse o tucano.

Ele voltou a dizer que se sente “indignado” com a política de Jair Bolsonaro para o combate ao coronavírus. “Se o governo federal tiver juízo, competência e entender que mais de 600 brasileiros morrem por dia pelo coronavírus, com essas doses da Coronavac poderá também oferecer para toda a população para imunizar a população brasileira de São Paulo e de outros estados do país”, destacou.

“Eu indago se os membros do governo federal que vivem na capital do país não enxergam, não leem e não sabem que existem mais de 600 brasileiros que morrem todos os dias. É surpreendente essa indiferença, essa falta de compaixão com os brasileiros”, acrescentou.

Resultados

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a entidade deve apresentar até o dia 15 os resultados da fase 3 da vacina.

“É preciso ter um programa de vacinação que disponibilize essas vacinas muito rapidamente, sejam elas 46 milhões, sejam 110 milhões [da Oxford]. Temos que usar essas vacinas em dois, três meses, o mais rapidamente possível. Não podemos nos guiar pelos procedimentos habituais de produção de uma vacina”, ressaltou.

Com informações da Folhapress