Foto: Arquivo pessoal

A viagem que deveria ser dos sonhos para uma família de Santos, se transformou em um pesadelo, por conta da pandemia de coronavírus. A comerciante Thais Cristóvão, o marido dela e seus dois filhos foram à Califórnia, nos Estados Unidos, para comemorar o aniversário de uma das crianças.

No entanto, com três voos cancelados e sem hospedagem, precisaram contar com a ajuda de desconhecidos para sobreviver no país, que está sob intensa quarentena, por causa do avanço da doença.

“Tínhamos planejado ir para os parques da Disney na Califórnia. Assim que desembarquei, abri meu celular e vi várias mensagens de pessoas me avisando que os parques tinham sido fechados. Foi assim a nossa chegada aos Estados Unidos”, conta Thais, em reportagem de Gabriel Gatto, para o G1.

A comerciante revela que tinha conhecimento do problema com o coronavírus, mas na época da viagem as medidas de combate ainda não tinham sido sentidas na Califórnia.

“O pior momento foi quando cancelaram nosso voo que tinha sido remarcado com muita dificuldade. Nesse momento já não sabíamos para onde ir, o que fazer, estávamos sem hospedagem. Ainda marcaram e cancelaram nossas passagens outras duas vezes até que a volta ficou marcada para o último sábado (28)”, destaca.

A família contou com o apoio de amigos de familiares, que moravam a 1.600 quilômetros de Los Angeles. Dessa forma, eles conseguiram permanecer no país até embarcar de volta para o Brasil.

Solidariedade

“Não conhecia as pessoas, mas eles se compadeceram com a nossa história e nos abrigaram. Viajamos um dia e meio para chegar até a casa deles, passamos três dias. Viajamos mais outro dia e meio para voltar a Los Angeles e pegar o voo de volta”, explica.

“Depois de tudo o que vimos, todas as medidas de segurança, foi um choque ver as pessoas ainda passeando nas ruas, idosos, mães com crianças, tudo em meio à quarentena. Parece que não caiu a ficha do brasileiro ainda. Lá fora, é um pânico geral, as pessoas até olham estranho se você sai na rua, porque todo mundo respeita a quarentena. Se todo mundo fizer sua parte e ficar em casa, podemos combater essa doença”, completa.