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A cabeleireira Márcia Netto da Silva Monteiro nunca imaginou que entraria e sairia tão rápido das estatísticas do coronavírus. Teve os sintomas, se isolou, resolveu fazer o teste e descobriu que teve a doença, mas já estava curada.

Entre 10 a 15 dias atrás, Márcia começou a sentir dores nas pernas. “Como faço academia e estou parada, achei que fosse uma reação do meu corpo”. Ela passou a correr perto da sua casa, no Canal 2, e garantiu que começou a se sentir um pouco melhor.

“Achei um pouco estranho, pois estava sentindo muita preguiça. Aí na quinta e sexta-feiras passadas, minha cabeça começou a doer, mas como tenho crises de enxaqueca, tomei um remédio. Passava e voltava. No sábado, estava cansada. À noite, comecei a sentir calafrios. Achei bem estranho, pois é muito difícil eu ter febre. A última vez eu tive foi em uma infecção no ouvido e faz uns seis anos. Nem termômetro tenho em casa”, disse a cabeleireira, que trabalha no Sindicato dos Comerciários de Santos.

Ela disse que na madrugada de domingo, acordou e tomou um antifebril e levantou bem. Márcia revelou que, apesar do seu estado, começou a fazer marmitas para distribuir para moradores de rua. “Comecei fazendo duas e com doações de amigos já entrego umas 15 por dia”.

Márcia resolveu comprar um termômetro e constatou que estava com febre. Começou a chorar e se isolou num dos quartos da casa. “Fiquei longe do meu marido e do meu filho. Conversei com algumas pessoas, mas decidi não ir ao hospital. Tenho uma amiga de 60 anos, obesa e que estava com sintomas que foi ao hospital e a mandaram voltar para casa. Evitei sair de casa”.

Na última terça-feira, Márcia decidiu fazer o teste para constatar o Convid-19. Procurou um laboratório de Santos que cobra R$ 350,00, mas o resultado demora quatro dias para sair. “Então, na quarta-feira, fui ao drive-thru da Santa Casa e fiz lá o teste rápido. Deu positivo para o coronavírus, mas mostrou também que já estou curada e não tenho mais o vírus. Acho que peguei o vírus, de 15 a 30 dias atrás.”

A cabeleireira garantiu que voltou a sua rotina normal e, na quarentena, tem preparado a comida para distribuição aos moradores de rua. “Nem meu marido nem meu filho apresentaram sintoma nenhum. Meu marido chegou a ter uma dor de garganta há uns 15 dias, mas passou. Ficou nisso”.

Testes rápidos

Os testes rápidos que detectam a presença de IgG e IgM não são os melhores para a fase aguda da doença, pois a probabilidade de falso negativo é grande. O paciente está com o coronavírus, mas ainda não produz anticorpos. O teste rápido dá negativo.

Os testes rápidos de IgG e IgM, feitos por Márcia Netto da Silva Monteiro, são recomendados para pacientes assintomáticos ou convalescentes, pois identificam se os sintomas foram causados pelo coronavírus.

Se uma pessoa teve sintomas semelhantes ao COVID-19 e se curou, ela pode fazer o teste para saber se contraiu realmente a doença e se está imunizada.