O Instituto Butantan informou que deu entrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na manhã desta segunda-feira (18) em um pedido de autorização para uso emergencial de um novo lote de 4,8 milhões de doses da Coronavac. Essas doses foram envasadas no Brasil pelo Butantan, a partir de matéria-prima importada da China, produzida pelo laboratório Sinovac, que desenvolveu o imunizante.
A autorização concedida pela Anvisa neste domingo (17) é para um lote de 6 milhões de doses importadas da China. A produção iniciada no Butantan ainda não está certificada para aplicação.
Segundo o diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, a partir desta autorização, todas as doses que forem fabricadas pelo instituto no Brasil estarão liberadas. “Não haverá necessidade de para todo lote ser requisitado”, afirmou.
Covas disse que espera-se agilidade na liberação desse lote, pois a maior parte dos documentos exigidos é semelhante ao que foi entregue para a análise que a Anvisa já fez.
No entanto, o diretor-presidente do Butantan disse que preocupa o fato de que há um novo lote de matéria-prima parado na China, à espera de autorização do governo daquele país para ser enviado ao Brasil. Segundo ele, quando essa remessa chegar, será iniciada a segunda etapa da produção da Coronavac. Mas não há um prazo certo para que ela seja liberada.
Pior semana da pandemia em SP
Na entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a semana passada foi a pior semana epidemiológica da pandemia no estado.
Isso porque, de acordo com as notificações, houve 11,3 mil novos casos de Covid-19 registrados, número maior do que o pico anterior, em agosto, quando haviam sido confirmados 10.828 diagnósticos no estado. O aumento do total de registros na semana passada em relação à anterior foi de 9%.
Outro fato destacado pelo secretário é o aumento de 12% internações devido à Covid-19. “Na semana passada nós dissemos aqui que a semana anterior tinha registrado 10% de aumento de internações e que já era preocupante”, afirmou. “Isso mostra o quanto o vírus está circulando e o quanto as pessoas estão adoecendo e precisando ser internadas.”
O total de óbitos no estado subiu 7% em relação à semana anterior e o total de vidas perdidas em São Paulo chegou a 49.987.