A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu, neste domingo, as críticas da Santos Port Authority (SPA) sobre a atitude da Agência diante do caso do tripulante do graneleiro NM Saldanha, que testou positivo para o cooronavírus, na sexta-feira.
A SPA afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não recebeu da Anvisa a solicitação de acionamento do Plano de Contingência do Porto de Santos (PCPS), que estabelece as ações de resposta e os fluxos de comunicação fluxo de comunicação com as entidades envolvidas, incluindo Praticagem.
A Anvisa disse que as inspeções são feitas em embarcações atracadas, por determinação da Agência e tendo em vista os riscos operacionais e dificuldades logísticas da inspeção em fundeio. Citou ainda que não há orientação, justificativa técnica ou de saúde para que sejam feitas inspeções com a embarcação em fundeio.
Ela afirmou ainda que a operação de condução das embarcações para os berços de atracação do porto são atividades cabíveis aos profissionais práticos.Para a atuação no navio NM Saldanha, a Anvisa registrou exigência para que a agência marítima responsável pela embarcação informasse o prático sobre a necessidade de uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e que a autoridade portuária também foi informada.
A Anvisa garantiu que não é atribuição dela fazer a comunicação direta aos práticos. Conforme consta em Nota Técnica já compartilhadas com todas as autoridades portuárias, o uso de máscara cirúrgica e a distância social de 2 metros é condição suficiente para que o prático desenvolva o seu trabalho em segurança.
Plano de Contingência
A Anvisa reiterou que o sintoma do tripulante a bordo do NM Saldanha não se encaixava na definição de caso suspeito de Covid-19. Por isso o Plano de Contingência não foi acionado. A inspeção aconteceu por uma atitude preventiva da equipe da Anvisa em Santos, que decidiu usar a abordagem mais cautelosa, realizando a inspeção e submetendo toda a tripulação à testagem. Um vez que um outro tripulante deu positivo para Covid-19, a embarcação entrou imediatamente em quarentena. Declarou ainda que com a declaração de quarentena não há necessidade de acionamento do plano e que o navio está em quarentena de 14 dias e já foi encaminhado para área de fundeio específica.