A Câmara Municipal de Guarujá rejeitou, nesta terça-feira (12), os dois últimos pedidos de impeachment contra o prefeito afastado Válter Suman. Os solicitantes foram o empresário Patrick Andrade da Silva Sacramento e o radialista Jalmir Gibbon Fernandes.
Ambos, junto com o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, autor do pedido que gerou a Comissão Processante, apresentaram vários argumentos baseados nas denúncias levantadas pela Operação Nácar, da Polícia Federal (PF).
Apesar da rejeição de abertura de impeachment contra Suman, a segunda fase da Nácar teve mais um capítulo.
Ainda na quarta, poucas horas antes da sessão, foi protocolado na Câmara um abaixo-assinado, com 500 nomes, pedindo a abertura de uma comissão de ética com o objetivo de investigar a conduta dos seis vereadores supostamente envolvidos na denúncia de desvios de verbas na saúde de Guarujá.
A Comissão é composta por Fernando Martins dos Santos, o Peitola (presidente MDB), Carlos Eduardo Vargas da Silva (relator PTB) e o vereador Santiago dos Santos Ângelo (Progressistas) como integrante. Este último está entre seis investigados pela PF na segunda fase da Nácar.
Os outros cinco são Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas e presidente da Casa); Mário Lúcio da Conceição (PSB); Walter dos Santos, o Nego Walter (PSB); Sirana Bosonkian (PTB) e José Francinaldo Ferreira de Vanconcelos, o Naldo Perequê (PSB).
O Ministério Público Estadual (MPE) também foi acionado e a representação será apreciada e votada na terça-feira (19), de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.
Na última quinta-feira (7), o prefeito de Guarujá compareceu à sede PF, em Santos, para depor em relação a documentos, computadores e celulares apreendidos em sua casa.
Polícia Federal cumpre 55 mandatos de busca e apreensão em várias cidades
A PF cumpriu 55 mandatos de busca e apreensão em 31 endereços diferentes, nas cidades de Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo, Campos do Jordão e Brazópolis (MG).
As autoridades tentam aprofundar as investigações que apuram fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela Prefeitura de Guarujá. A investigação tem como objetivo o combate de possíveis crimes de corrupção, desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos, envolvendo verbas federais.