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Câmara Municipal de Guarujá vota mais dois pedidos de impeachment contra prefeito

As investigações apuram possível envolvimento de Válter Suman em fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela prefeitura

O prefeito Válter Suman - Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

A Câmara Municipal de Guarujá analisa e vota, nesta terça-feira (12), mais dois pedidos de impeachment contra o prefeito afastado Válter Suman (PSDB). Caso as solicitações sejam similares às apresentadas pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, serão incorporadas à comissão processante.

Todos os três pedidos têm como base as denúncias levantadas na segunda fase da Operação Nácar, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

Os pedidos que serão analisados nesta terça foram protocolados pelo empresário Patrick Andrade da Silva Sacramento e pelo radialista Jalmir Gibbon Fernandes, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.

A comissão processante tem na presidência o vereador Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), o relator é o vereador Carlos Eduardo Vargas da Silva (PTB) e o vereador Santiago dos Santos Ângelo (Progressistas) é outro integrante. O grupo tem 90 dias para apresentar um parecer que será submetido à Câmara.

Suman foi afastado das suas funções por decisão do desembargador federal Nino Oliveira Toldo, da 4ª. Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, depois de pedido do Ministério Público Federal (MPF).

O prefeito afastado esteve na sede PF, em Santos, na quinta-feira (7), para depor às autoridades e tentar esclarecer fatos relacionados com documentos, computadores e até aparelhos celulares apreendidos em sua casa.

A PF realizou 55 mandatos de busca e apreensão em 31 endereços, apreendeu R$ 2 milhões em dinheiro e bloqueou mais de R$ 110 milhões de bens.

Operação envolveu várias cidades

A segunda fase ocorreu em Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo, Campos do Jordão e Brazópolis (MG).

As investigações apuram possíveis fraudes e desvios de recursos públicos nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela prefeitura de Guarujá.

Além do afastamento do prefeito, a Operação Nácar foi responsável por “derrubar” dois secretários de Guarujá: Sidnei Aranha (Meio Ambiente) e Edilson Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).

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