Os vereadores da Câmara de Guarujá decidiram, por unanimidade, abrir nova Comissão Processante para investigar denúncias levantadas na segunda fase da Operação Nácar, deflagrada semana passada pela Polícia Federal (PF).
A mdida foi tomada em consequência do primeiro dos três pedidos de impeachment do prefeito Válter Suman (PSDB), afastado das suas funções pelo desembargador federal Nino Oliveira Toldo, da 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, acatando solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
O pedido de impedimento foi apresentado recentemente pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.
Os outros dois foram protocolados antes da sessão desta terça (5): às 11h24, pelo empresário Patrick Andrade da Silva Sacramento, e às 14h55, pelo radialista Jalmir Gibbon Fernandes. Ambos serão analisados na próxima semana, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.
A petição de suspeição de Gonçalves ao presidente da Casa, Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas), que reivindicava que os seis vereadores citados na Nácar fossem impedidos de analisar a possibilidade de impeachment de Suman, não teve êxito.
A comissão será presidida pelo vereador Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), e terá como relator o vereador Carlos Eduardo Vargas da Silva (PTB) e o vereador Santiago dos Santos Ângelo (Progressistas) como integrante. Outras comissões podem ser formadas para analisar os demais pedidos.
A PF cumpriu, há uma semana, 55 mandatos de busca e apreensão em 31 endereços diferentes, apreendendo] R$ 2 milhões em dinheiro e bloqueado mais de R$ 110 milhões de bens. A segunda fase ocorreu integrada com a Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Objetivo é aprofundar investigações sobre fraudes nas áreas da saúde e educação
O objetivo foi intensificar as investigações sobre fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela prefeitura de Guarujá.
A investigação pretende combater crimes de corrupção, desvios de recursos públicos, entre outros, envolvendo verbas federais.
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem variar de 12 a 46 anos, se somadas.