A Câmara Municipal de Guarujá discutirá, nesta terça-feira (5), mais um pedido de impeachment do prefeito Válter Suman (PSDB). A nova solicitação foi protocolada pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, autor do primeiro pedido de impeachment do político.
O engenheiro justifica sua iniciativa alegando a prática, em tese, de crime de responsabilidade e quebra de decoro em função pública por parte do prefeito.
Suman está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por possíveis desvios na área da Saúde. Ele, inclusive, foi afastado das funções no dia 29 de março por determinação judicial. A vice Adriana Machado (PSD) assumiu interinamente.
De acordo com informações do Santa Portal, as apurações da PF apontam que o prefeito e sua esposa, Edna Suman, registraram gastos “astronômicos” nos últimos dois anos, incluindo compras de roupas e joias que ultrapassam mais de R$ 3 milhões.
O engenheiro também peticionou, nesta segunda-feira (4), ao presidente do Legislativo da cidade, Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas), informando que ele e os vereadores Mario Lucio (PSB), Nego Walter (PSB), Sirana Bosonkian (PTB), Naldo do Perequê (PSB) e Santiago Angelo (Progressistas) também são investigados nos termos da representação apresentada pela PF ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Por isso, eles devem ser impedidos de participar da votação para aceitação ou não do novo pedido de impeachment de Suman.
Prefeito e secretário de Educação foram presos em setembro de 2021
Durante a realização da primeira fase da Operação Nácar, para investigar um suposto esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde, a PF encontrou ligações com Suman e o secretário de Educação de Guarujá, Marcelo Nicolau. Ambos chegaram a ser presos em setembro de 2021.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apontou que havia indícios de irregularidades no contrato entre a prefeitura de Guarujá e a Organização Social Pró-Vida, responsável por administrar a UPA da Rodoviária e 15 Unidades de Saúde de Família (Usafa).
Por envolver verbas federais, o caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e para a PF.