Ricardo Nunes e Bruno Covas - Foto: Reprodução/Twitter

Por Luisa Fragão, da Revista Fórum

Candidato a vice-prefeito na chapa do santista Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, o vereador Ricardo Nunes (MDB) foi acusado em 2011 de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa. Em boletim de ocorrência (BO), registrado na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, Regina Carnovale cita “ciúmes excessivo” do marido e medo de ameaças.

Regina também disse aos policiais que havia vivido em união estável por 12 anos com o vice de Covas e que eles haviam se separado sete meses antes do boletim de ocorrência. Na denúncia, ela cita ligações e mensagens de Ricardo em tom de ameaça, assim como idas a casa dela para “fazer escândalo”.

“Inconformado com a separação, [Ricardo Nunes] não lhe dá paz, vem efetuando ligações proferindo ameaças, envia mensagens ameaçadoras todos os dias e vai em sua casa onde faz escândalos e a ofende com palavrões. Afirma a vítima que diante da conduta de Ricardo está com medo dele”, diz um dos trechos do boletim de ocorrência assinado por Regina. A informação é da Folha de S.Paulo.

Nas redes sociais de Regina, também havia relatos de brigas por pensão alimentícia e agressões físicas. A mulher, no entanto, diz que sua conta foi hackeada. Os dois seguem casados até hoje.

“Acabei de receber voz de prisão do vereador Ricardo Nunes tudo porque fui cobrar a pensão da minha filha que tive com ele que é de direito dela (…) um Bandido que não ajuda a própria filha enquanto banca tudo quando é festa e finge ser um homem bom, esse é o politico que está no poder nem a própria filha ajuda”, diz um post em rede social de Regina.

“Amiga tenho provas de que ele sempre me bateu e sempre foi um crápula”, respondeu um perfil em uma das publicações de Regina.

“Sem controle”

Em nota enviada à reportagem da Folha, o vereador nega ter agredido a esposa e diz que o boletim de ocorrência foi feito em um período em que Regina estava “sem controle das ações e sentimentos”.

“No período ela estava emocionalmente abalada, e sem controle das ações e sentimentos, o que a levou a falar coisas que não aconteceram. Ela, aqui do meu lado, diz que nunca foi agredida seja verbal ou fisicamente por mim”, diz.