Foto: Agência Brasil

Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum

Um professor em Guaramiranga (CE), suspeito de ter estuprado e engravidado a enteada que, na época tinha 13 anos, estava foragido, mas mesmo assim continuava dando aulas remotas.

O suspeito era namorado da mãe da adolescente há mais de um ano. Morador de Mulungu, a 12 quilômetros, ele almoçava diariamente na casa da vítima. Conforme relato da família, o crime teria ocorrido em março, em uma ocasião em que o suspeito ficou sozinho com a adolescente. A vítima, agora com 14 anos, está grávida.

Mesmo com uma investigação aberta pela Polícia Civil contra ele desde o dia 10 de agosto, o professor seguia dando aula remota na rede municipal de Guaramiranga. Ele permaneceu como professor até o dia 1 de outubro, mesmo estando foragido.

Com o resultado da gravidez positivo, a vítima relatou a violência sofrida e afirmou ainda que o suspeito ameaçou incendiar a casa da família caso ela contasse sobre o estupro. O Conselho Tutelar foi acionado e deu prosseguimento encaminhando a ocorrência à Polícia Civil.

A Delegacia Municipal de Guaramiranga concluiu o inquérito policial sobre o caso. A ocorrência, diz a nota, foi informada às autoridades policiais no dia 10 de agosto. No dia 11, a Polícia instaurou um inquérito policial por portaria. Conforme a família, após a denúncia, o homem desapareceu. 

O suspeito, que continua foragido, está com um mandado de prisão preventiva em aberto e foi indiciado por estupro de vulnerável.

Ele enviava vídeos com gravações de aulas a serem exibidas para os alunos da rede municipal. O caso ganhou repercussão na cidade e os pais de alunos começaram a pressionar a Secretaria da Educação de Guaramiranga para afastar o professor.

Providências

A Secretaria da Educação do município comunicou em nota que “tomou ciência no dia 1º de outubro do possível envolvimento de um professor temporário da Rede Municipal, na prática de crime no âmbito familiar”.

Segundo o documento, a pasta, “imediatamente tomou providências no sentido de afastar o servidor de suas funções e deflagrou o processo administrativo para fins de rescisão do contrato do mesmo”.

A Secretaria ainda informou que fez a retirada imediata do professor dos grupos de WhatsApp que ele participava, junto com os estudantes e coordenadores pedagógicos.

Com informações do Diário do Nordeste