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Item corriqueiro nos lares brasileiros, usado para o preparo de boa parte dos alimentos, o óleo de soja foi, ao lado do arroz, o maior vilão da inflação de 2020. Seu preço mais que dobrou ao longo do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): subiu 103,79%. O arroz apareceu em seguida, com alta de 76,01%.

O dado consta da divulgação do resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feita pelo IBGE nesta terça-feira (12). O índice, considerado a inflação oficial do país, ficou em 4,52% em 2020. Foi o maior desde 2016.

E o que mais teve impacto sobre ele foi justamente o grupo Alimentos e Bebidas. Ele disparou 14,09%, a maior variação desde 2002. Além de óleo de soja e arroz, outros itens com reajustes altos no ano foram batata inglesa (67,27%), leite longa vida (26,93%), frutas (25,4%), hortaliças e verduras (21,19%) e carnes (17,97%).

A inflação medida em dezembro, de 1,35%, foi a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,1%). O IPCA de 2019 tinha ficado em 4,31%.

INPC

Usado no reajuste do salário mínimo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou ainda maior: fechou o ano em 5,45%. Com isso, ele ficou acima dos 5,26% que Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu de reajuste no piso nacional. O valor de R$ 1.100 está em vigor desde o dia 1º de janeiro deste ano, por meio de uma medida provisória (MP).