Por Carolina Fortes
O novo reajuste feito pela Petrobras nas refinarias na semana passada fez com que o litro da gasolina atingisse o maior valor do século. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o aumento foi de 3,15%, levando o valor da gasolina na bomba a R$ 6,562.
Já o litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, subiu 4,8% em relação à semana anterior, para um valor médio, na bomba, de R$ 5,29. O etanol hidratado vive uma inflação ainda pior: aumentou 59,3% no ano nos postos. Para os motoristas que abastecem os veículos flex fluel, a gasolina acumula uma alta de 45,3% no ano, nos postos.
De acordo com dados da ANP, o derivado atingiu em outubro um preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação), segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese).
Neste ano, a gasolina já acumula alta de 74% e o diesel de 65%. A Petrobras anunciou na última semana um aumento dos valores da gasolina e do diesel para as distribuidoras: 7,04% e 9,15% respectivamente. Como consequência da disparada do preço, brasileiros têm cruzado a fronteira com a Argentina para abastecer.