Foto: Agência Brasil

Sob o governo de Jair Bolsonaro, de acordo com dados Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (31), o Brasil perdeu 265.811 vagas de emprego com carteira assinada no mês de dezembro.

Quatro dos cinco setores da economia apresentaram saldo negativo na criação de empregos formais em dezembro, são eles: Serviços (-104.670 postos), Indústria geral (-92.047 postos), Construção (-52.033 postos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-26.073 postos). Somente o setor de comércio registrou alta ao criar 9.013 postos de trabalhos formais.

Segundo o Ministério do Trabalho e da Previdência, os dados revelam que o país registrou a criação de 2.730.597 vagas de emprego formal em 2021. O saldo do ano foi de 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões.

Apesar da leva alta na criação de empregos, a renda do trabalhador despencou e o salário médio de admissão ficou em R$ 1.921,19.

Os números divulgados pelo Caged dizem respeito apenas aos registros de admissões e dispensas de trabalhadores contratados no regime de CLT, ou seja, não abrange os trabalhadores informais.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).