O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, não teve que dormir na prisão nesta terça-feira (22). O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, concedeu e ele o benefício da prisão domiciliar, condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão de Martins considerou a alegação da defesa do prefeito, de 63 anos, sobre o fato de ele ser do grupo de risco da Covid-19.
O juiz impôs a ele uma série de regras, entre elas: informar endereço fixo para o cumprimento da prisão; proibição de sair de casa sem autorização; proibição de contato com terceiros “salvo familiares próximos, profissionais da saúde e advogados devida e previamente constituídos”; entre outras.
“QG da Propina”
Crivella foi preso na manhã desta terça em ação da Policia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. O prefeito é acusado de comandar o chamado “QG da Propina” na Prefeitura do Rio, esquema pelo qual empresários pagavam para ter acesso a contratos superfaturados.
Apesar de evitar a penitenciária, Crivella continuará afastado do cargo de prefeito do Rio de Janeiro, provavelmente de forma definitiva – em novembro, ele foi derrotado em sua tentativa de reeleição, por Eduardo Paes (DEM), que deverá assumir em 1 de janeiro de 2021.