Por Fabíola Salani, da Revista Fórum
Em outubro, a taxa de desemprego no Brasil bateu novo recorde e atingiu 14,1%. É o resultado da pesquisa Pnad Covid-19, realizada desde maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para avaliar diferentes impactos da pandemia no dia a dia dos brasileiros.
O total de pessoas sem ocupação em outubro chegou a 13,8 milhões, também recorde da série, com um aumento de 2,1% sobre setembro e de 35,9% desde o início da pesquisa (maio).
Os dados do IBGE revelam que a desigualdade entre as regiões, gêneros e etnias também se faz presente nas taxas de desemprego.
O indicador cresceu em outubro nas regiões Norte e Nordeste, manteve-se inalterada no Sudeste e Centro-Oeste e caiu no Sul. Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em outubro, foram: Nordeste (17,3%), Norte (15,1%), Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%), e Sul (9,4%).
Mulheres e negros
A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,1%, maior que a dos homens, de 11,7%. Por cor ou raça, o índice era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (16,2%) do que para brancos (11,5%). Isso representou um aumento de 0,1 ponto percentual na taxa entre pretos e pardos, enquanto a taxa entre os brancos manteve-se inalterada pelo segundo mês consecutivo.
Segundo o IBGE, havia 4,7 milhões de trabalhadores afastados do trabalho na semana da pesquisa. Entre eles, 900 mil (ou 19,2%) estavam sem a remuneração do trabalho.