Delegado Da Cunha - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

deputado federal e delegado Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), de 46 anos, está no centro de uma tempestade de acusações que abrangem desde agressões a sua ex-companheira até a suposta fabricação de prisões para aumentar sua popularidade nas redes sociais. Essas denúncias desencadearam uma série de processos administrativos na Polícia Civil, os quais podem resultar na expulsão do parlamentar da instituição.

Acusações e processos administrativos

Da Cunha enfrenta pelo menos cinco processos administrativos na Polícia Civil, todos relacionados a diversas irregularidades no exercício de suas funções como delegado. Uma das acusações mais graves inclui a postagem de vídeos em suas redes sociais nos quais teria encenado prisões para atrair seguidores.

Um desses vídeos, segundo relatos, apresentava uma operação em que Da Cunha teria simulado a prisão de um suposto líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A Corregedoria da Polícia Civil está encarregada de investigar todas as denúncias.

Ameaças e violência doméstica

Recentemente, veio à tona um vídeo alarmante divulgado pelo programa Fantástico, na Globo, no qual Da Cunha é flagrado ameaçando sua ex-companheira, Betina Grusiecki, de morte. Na gravação, feita em 2023, o deputado é ouvido ameaçando: “Pode parar, senão vou te matar aqui“.

Betina também alega ter sido vítima de agressão física por parte de Da Cunha, relatando ter sido empurrada contra uma parede e sofrendo tentativa de estrangulamento. Essas acusações resultaram em um processo judicial por violência doméstica, pendente de julgamento pelo Ministério Público. As agressões e ameaças ocorreram no apartamento onde o casal vivia, em Santos.

Desdobramentos e possíveis consequências

Ao menos dois dos cinco processos administrativos contra Da Cunha já foram concluídos, resultando em seu indiciamento por crimes que incluem abuso de autoridade, peculato e crimes contra a honra. O deputado nega categoricamente as acusações, conforme alegado por sua defesa.

A possível expulsão de Da Cunha da Polícia Civil está sujeita a uma série de trâmites burocráticos, incluindo análise pelo Conselho da Polícia Civil, pela Secretaria da Segurança Pública e, por fim, a sanção do governador. No entanto, até o momento, nenhum pronunciamento oficial foi feito sobre a decisão em relação ao futuro do delegado.