A Defensoria Pública da União (DPU) apresentou uma ação nesta sexta-feira (8) solicitando o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em razão do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O Ministério da Educação defende a manutenção da prova enquanto entidades estudantis pedem a revisão da data.
“Não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos da covid-19”, diz trecho da ação movida pela DPU, obtida pela jornalista Júlia Marques, do Estado de S. Paulo.
“Temos agora uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão”, aponta ainda o documento, assinado pelo defensor João Paulo Dorini.
A ação foi encaminhada à 12ª Vara Cível da Subseção Judiciária de São Paulo.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) também participam da ação. “É óbvio que ninguem quer ficar adiando o ENEM por tempo indeterminado, mas o MEC não se moveu como seria necessário para garantir segurança para saúde da população e criou uma instabilidade entre os participantes, em um momento que cresce a contaminação, por isso ADIA ENEM 2020”, alegou o presidente da UNE, Iago Montalvão, em seu perfil no Twitter.
A prova está marcada para 17 e 24 de janeiro.
Com informações do Estadão, da Folha de S. Paulo e d’O Globo