De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços registraram queda de 1,2% em outubro. São dois meses seguidos de retração do setor de serviços.
Com isso, o resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que trabalhava com uma alta de 0,1%. Tal resultado revela um início fraco da atividade no último trimestre do ano.
Quando comparado com outubro de 2020, auge da pandemia, o volume de serviços avançou 7,5%.
Mas, segundo o IBGE, o setor ainda está 2,1% acima do patamar pré-pandemia, porém, reduziu a distância em relação ao nível de fevereiro de 2020. Isso indica perda de fôlego do setor em termos de recuperação econômica.
Além disso, o IBGE revisou o resultado de setembro, de queda de 0,6% para 0,7%.
Com o segundo mês de queda, o setor está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014 durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
O resultado veio como um balde de água fria às expectativas do mercado. De acordo com projeções do Valor Data, a queda esperada era de 0,2%. O intervalo das projeções ia de queda de 1,2% a alta de 0,5%.
A expectativa mediana para o resultado de outubro de 2021 frente a outubro de 2020 era de 9,1% com intervalo de 7,5% e 10,4%.
Crescimento em V?
Entre as cinco atividades analisadas pelo IBGE, o setor de telecomunicações foi o que gerou o maior impacto negativo, com variação negativa de -1,6%.
Quando analisado regionalmente, 23 das 27 unidades da federação apresentaram retração.
As regiões com os maiores impactos negativos são: Rio de Janeiro (-3,2%), São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6%).
Por outro lado, o estado do Ceará foi a região onde o setor de serviços registrou a maior alta: 2%.
A análise completa pode ser conferida aqui.
Com informações do G1