Débora Maria da Silva, coordenadora do Movimento Independente Mães de Maio - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Projeto Fortalecendo o Alcance e o Impacto dos Movimentos de Direitos Humanos no Brasil lança a cartilha “Escute as Mães de Maio”.

Trata-se de um projeto-piloto com as reivindicações das Mães de Maio para o tratamento psicossocial destinado aos familiares das vítimas de violência do Estado.

Em seguida, haverá o debate “As potencialidades da luta por memória e justiça contra o autoritarismo na democracia brasileira”.

O evento será realizado no dia 14 de maio, das 13 às 16 horas, na Unifesp Baixada Santista (Rua Silva Jardim, 136).

Na mesa de debates estarão Débora Maria da Silva, coordenadora do Movimento Independente Mães de Maio; Raiane Assumpção, reitora da Unifesp; Dina Alves, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP); Gabriel Sampaio, diretor de litigância e incidência da Conectas Direitos Humanos.

Na sequência, acontece a concentração em frente ao prédio da universidade para o “Ato Crimes de Maio de 2006: 18 anos sem respostas”, que seguirá em direção ao Fórum de Santos.

O evento Crimes de Maio foi um dos maiores massacres da história do país. Durante oito dias, entre 12 e 20 de maio de 2006, policiais e grupos paramilitares de extermínio promoveram o que chamaram de “onda de resposta” aos supostos “ataques ao PCC”.

No total, 564 pessoas, entre mortos e desaparecidos. As vítimas, em sua maioria, eram jovens negros periféricos e afro-indígenas.

Foto: Reprodução

Parceria

A atividade é uma parceria do Movimento Independente Mães de Maio com a Organização das Nações Unidas (ONU), Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade de São Paulo (CAAF Unifesp), ONG Conecta de Direitos Humanos, com o apoio da Frente Feminista da Baixada Santista.