Material espalhado na rua - Foto: Arquivo Pessoal

Um grupo de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Lúcio Martins Rodrigues, no Bairro da Vila Margarida, em São Vicente, foi visto rasgando o material escolar e jogando os papéis no meio da rua. Em nota, a prefeitura diz lamentar o episódio.

A rebeldia dos estudantes ocorreu na segunda-feira (4), por volta do meio-dia, após as aulas do período matutino. Os alunos abriram as mochilas e passaram a arrancar as folhas de cadernos e apostilas e jogá-las na rua.

Questionada a respeito do assunto, a prefeitura de São Vicente lamentou o caso, mas garantiu que a gestão e a supervisão escolar vão “reforçar aos estudantes a importância da valorização do material escolar”, que o considerou uma “ferramenta essencial para a formação do aluno”. E termina a nota ao ressaltar que “a educação é o principal mecanismo para um futuro melhor”.

Moradores

Para um morador da região que não quis se identificar, o sentimento foi de surpresa quando voltou para casa e se deparou com toda a sujeira. “Primeiro foi minha mãe que viu. Ela tinha saído e na volta viu um monte de papel rasgado pela calçada, na frente das casas. E já tinha moradores limpando aquela bagunça, inclusive tirando dos bueiros para não correr o risco de entupir”, contou, em entrevista para A Tribuna.

Também em anonimato, um outro morador do bairro confirmou os atos de vandalismo dos alunos. “Tinha folhas de cadernos, folhas de livros rasgados e jogados por todo canto. Tinha até mochilas que a Prefeitura deu nesse ano”, relatou.

O barulho causado pelos jovens também despertou a atenção. “Ouvi um barulho, mas nunca ia imaginar o que estava acontecendo. Sempre tem algum barulho, mas nunca algo nesse nível”, desabafou. Indignados, os moradores chegaram a ir até a escola para reclamar da atitude dos alunos.

Por fim, o vizinho externou toda a sua insatisfação com a falta de atitudes da administração do local e também do poder público. “Eles não têm nem mais controle dos próprios alunos e quem paga somos nós com essa bagunça toda. Esses livros, mochila, tudo sai dos impostos que pagamos. Na minha época sempre dávamos valor ao material. Nunca vi algo tão horrível assim”.

Com informações de A Tribuna