A tutora do animal revelou estar em pânico e, ao mesmo tempo, preocupada com o futuro do gato, pois ela já tentou acalmá-lo de inúmeras maneiras diferentes, desde consultas com especialistas até sessões de Reiki, uma modalidade terapêutica.
Thor foi adotado pela família em 2017 e a primeira vez que o gato atacou foi durante a Copa do Mundo de 2018. A família acreditava que o barulho e a quantidade de pessoas dentro da casa, por causa dos jogos, tenham assustado o animal, que não havia apresentado nenhum comportamento agressivo antes disso.
Porém, mais três ataques foram registrados contra faxineiras e a própria Luciana no momento em que usavam cloro para limpar a casa. A tutora parou de utilizar o produto, mas os ataques seguintes passaram a ser repentinos e sem motivação.
Ninguém da família consegue precisar quantos ataques Thor já praticou. Entretanto, o último, contra Luciana, foi o pior. A tutora e as filhas tentaram várias opções de tratamento para acalmar Thor, inclusive adotaram uma fêmea, por recomendação de um dos especialistas. Mas ele passou a machucar Nina e foi necessário separar os dois.
Depois do ataque mais recente, Thor passou a ficar no maior quarto da casa, que tem banheiro e sacada, sem acesso aos demais cômodos. Porém, a família ficou com pena e resolveu soltá-lo. Resultado: ele tentou um novo ataque. Mãe e filhas conseguiram fugir e se esconder.
O gato, agora, fica na área de serviço da casa. Ele foi sozinho para o cômodo depois de avançar nas tutoras. No local, elas colocaram caixas de areia e têm dado comida e água por meio uma janela, enquanto pensam como resolver o problema.
O maior receio da família é que alguém o maltrate. “Apesar de todos os ataques, nunca encostamos um dedo nele que não seja para carinho. Nunca nem o ameaçamos com qualquer tipo de objeto. Não seríamos capazes de agredi-lo, mesmo com tudo isso”, relatou Luciana, em entrevista ao G1.
A tutora relatou ter esperança de encontrar um tratamento que auxilie na mudança de comportamento do gato, algo não seja a eutanásia [tirar a vida dele].
“Todos falam que só ajudariam se ele estivesse na rua, o que é um absurdo porque, assim como a gente, ele também está sofrendo”, destacou Luciana, se referindo a instituições e órgãos voltadas aos cuidados a animais. “Queremos ajudá-lo e não temos apoio de ninguém. Até os veterinários não entendem a situação”, acrescentou ela.
O momento do pior ataque
Luciana recordou o momento do pior ataque. “A casa ficou ensanguentada e eu, praticamente, desmaiando por conta da dor”, relembrou, dizendo que mantém as filhas em cômodos separados do gato. “Preservação da minha vida e da minha família”.
Apesar do problema, ela vai continuar tentando alternativas. “Amo o Thor. Nosso convívio é de sete anos. Estou totalmente abalada física e emocionalmente”, disse.
“Mesmo sendo ‘perigoso’, por ele ter me atacado e machucado algumas vezes, fico de mãos atadas. Não quero me desfazer dele e nem tenho como fazer isso porque ninguém ficaria, uma vez que soubesse da agressividade”, acrescentou Luciana.