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Santos: Vaiado apesar da vitória, Carille aposta em respaldo da diretoria para seguir

Após o triunfo contra o América-MG por 2 a 1, na Vila Belmiro, o treinador afirmou que está concentrado em obter o acesso

Fábio Carille - Foto: Raul Baretta/Santos FC

Apesar de ter vencido o América-MG por 2 a 1, neste domingo (15), na Vila Belmiro, o técnico Fábio Carille foi vaiado por torcedores.

O treinador ressaltou a entrega dos jogadores no triunfo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Os gols foram de Wendel e JP Chermont, para o Peixe, e Moisés, para o time mineiro.

Com o resultado, o Santos continua na segunda colocação, agora com 46 pontos, atrás apenas do Novorizontino-SP, com 47.

“Foi isso que falei no final do jogo, para deixar a questão da organização defensiva e ofensiva para a comissão e eles virem com a entrega nesses 12 jogos que faltam para a gente alcançar o objetivo. Minha oração com eles foi sobre isso. Vir com a entrega, disposição e concentração, e prestar atenção nas nossas orientações. É assim que vamos trabalhar para terminar essa temporada”, afirmou Carille, depois da partida.

O treinador destacou, ainda, que a vitória sobre o América-MG foi parecida à que o Peixe conseguiu diante do Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro de 2021, quando ele também era o treinador.

“Quero lembrar de uma situação que aconteceu em 2021 comigo. Eu chego para o segundo turno do Brasileiro e nos cinco primeiros jogos eu fiz um ponto. Na pandemia, não tinha tempo para treinar. Estreei numa sexta e já tinha jogo segunda, quinta. Era assim. Nossa primeira vitória foi mais ou menos dessa forma, contra o Grêmio. Um gol do Palha nos últimos minutos. Um jogo tenso. Hoje era um jogo tenso por conta dos nossos últimos resultados, mas a equipe mostrou personalidade. Persistiu, insistiu. No primeiro tempo não conseguiu. Voltou para o segundo tempo e valorizamos a vitória nessa reta final”, disse.

Carille abordou, também, o fato de que não pensa na próxima temporada ou na permanência no clube neste momento. A concentração é conquistar o acesso à Série A do Brasileirão.

“Não estou pensando no ano que vem. Estou pensando em subir e foi para isso que viemos. Depois não sei o que vai acontecer. Não estou pensando nisso. Mas foi uma forma de falar, de virar esse caldeirão a nosso favor, jogar com a gente. Erros vão acontecer. Continuar apoiando para que gente dentro de campo faça o melhor e busque a vitória. É só falar desse momento de trazer o torcedor com a gente. Independentemente de qualquer situação, a gente sabe o quanto é importante eles apoiarem e estarem do nosso lado”, afirmou.

Caldeirão a favor do Santos

Mesmo não agradando boa parte da torcida, o treinador aposta no respaldo da diretoria para continuar o trabalho este ano.

“A Vila Belmiro tem que ser esse caldeirão a nosso favor. Tem muita gente que não gosta de mim. Não gosta desse jogador ou daquele, não gosta do presidente. Mas agora não é hora disso. Eu sei que teve um movimento. Hoje teve um apoio melhor desde o início. Sei que o Santos vem sofrendo muito nos últimos anos. Não só no Campeonato Brasileiro, mas no Paulista também. Sei dessa indignação e tem que ter mesmo, mas vem com a gente. São seis jogos em casa. Nossa torcida também comparece nos jogos fora. Incentiva, grita. O Pituca erra um passe e por que não põe o Sandry? O Sandry erra e por que não coloca o Pituca? O futebol é um jogo de acertos e erros. Se errou, é dar força. Hoje teve um ambiente legal. Sei que teve um trabalho para que isso voltasse. No fim do ano, se eu vou ficar ou não são outros 500. Agora não é hora disso. É hora de se fechar”, completou.

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