Por Menon
Meu amigo Chico Silva, sempre ponderado e isento de paixão, avisou no dia anterior: o Santos dependeria de outro Alvinegro para escapar do rebaixamento. Bastaria o Atlético-MG empatar com o Bahia em Salvador que o seu querido Peixe se manteria na Série A. Ele, atento aos sinais, não apostava um chickabon na vitória santista contra o Fortaleza. E foi o que se viu. O Santos perdeu em casa para o Fortaleza, o Vasco venceu o Bragantino e o Bahia meteu 4 a 1 no Galo, que de salvador não teve nada.
A queda do Santos era anunciada. Recentemente, pelos últimos quatro jogos. Dois empates – São Paulo em casa e Botafogo fora – e duas derrotas – Fluminense em casa e Furacão fora – ambas por 3 a 0. Sobrou a última rodada para o tudo ou nada. E deu nada, com o 2 a 1 contra o Fortaleza. Com Lucero fazendo o gol que Pelé não fez. No ano que Pelé morreu.
Mas os sinais vinham de mais tempo. No último Brasileiro, o Santos fez 47 pontos. No penúltimo, 50. E ficou fora da fase decisiva dos dois últimos campeonatos paulistas. Era preciso reagir com a rapidez de um guepardo, mas Andrés Rueda comportou-se como um bicho-preguiça. O único que fazia era trocar de treinador. Odair Hellmans, Paulo Turra, Diego Aguirre e Marcelo Fernandes, quando o bote já estava virando. Ele começou bem, com três vitórias seguidas, Ao final, conseguiu 22 pontos em 15 jogos. O mesmo número que seus antecessores conseguiram em 23 jogos. Faltou força no momento decisivo.
No sábado, dia 9 de dezembro, cinco candidatos disputam a eleição do Santos. O vencedor comandará o clube na Série B, pela primeira vez em sua vida gloriosa. É fundamental que o acesso seja já no primeiro ano, mesmo com a diminuição de cotas e com dificuldades financeiras.
É hora de arrecadar um bom dinheiro com a saída de Marcos Leonardo, liberar jogadores como Soteldo, que ganham muito, fazer contratações acertadas e subir para tentar não cair jamais. A solidão na Série B precisa ser rápida, cada ano por lá valem por cem.