Secretário Municipal de Esportes de Itaquaquecetuba na gestão do bolsonarista “delegado” Eduardo Boigues (PP), Marcelinho Carioca está sendo processado por um suposto calote de R$ 123 mil com as despesas do tratamento de câncer da mãe, Sueli, que morreu em 2009.
A ação é movida pela advogada Claudia Ferreira, que atuou para Ronan Maria Pinto, ex-presidente do Santo André, clube em que Marcelinho defendeu entre 2007 e 2009.
Claudia alega que pagou as despesas hospitalares de Sueli à época a pedido do cartola, mas não teria sido ressarcida pelo ex-jogador, que foi ídolo no Corinthians.
Segundo a advogada, a pedido de Ronan, ela teria transferido Sueli do Hospital do Câncer para o Sírio Libanês após agravamento do estado de Saúde.
Marcelinho estava na concentração para jogos do clube e não acompanhou a mãe doente. A advogada, então, teria assinado contratos médicos como avalista e bancou o atendimento emergencial.
Após a morte da mãe do jogador, Claudia disse ter sido processado pelo hospital e condenada a pagar todo o tratamento realizado.
Presidente do Santo André foi preso por lavagem de dinheiro
Ronan teria prometido reembolsar a advogada, mas acabou preso em 2018 pela Lava Jato e condenado a cinco anos de cadeia por lavagem de dinheiro. Ele ficou dez meses na prisão e passou para o regime semiaberto em março de 2019.
“Ronan não cumpriu com sua responsabilidade de pagar pelo tratamento da senhora Sueli, e nem o filho desta (Marcelinho Carioca), e por isso a requerente (Claudia) sofre com a penhora de sua conta e de seus bens em ação executiva (movida pelo Sírio)”, dizem os advogados, segundo reportagem de Diego Garcia, no Portal UOL.
Após a prisão do cartola, os filhos dele teriam assumido as empresas, mas deram calote no acordo feito com o Sírio Libanês, de pagamento de R$ 140 mil, com R$ 5,6 mil por mês, em 25 parcelas.