John Textor - Foto: Vitor Silva/Botafogo

O empresário americano John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, esteve presente nesta quarta-feira (3) na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, para prestar depoimento sobre as acusações de manipulação de resultados em partidas de futebol do Campeonato Brasileiro. Acompanhado por três advogados, Textor conversou com os agentes por aproximadamente três horas.

O inquérito, instaurado pela Polícia Civil através da Delegacia do Consumidor, teve origem em uma manifestação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e agora está em andamento sob os cuidados do GTT Desporto (Grupo Temático Temporário).

Em declarações à TV Globo, ao chegar ao Estádio Nilton Santos, onde o Botafogo também estreou na Libertadores nesta quarta-feira, Textor afirmou ter apresentado provas substanciais de suas alegações. “Eu fui à delegacia, comecei o processo, entreguei provas, dei meu depoimento. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game“, disse ele à emissora. O empresário ressaltou a importância do processo em curso, descrevendo-o como “o início de um processo muito saudável”.

A Good Game, mencionada por Textor, é uma empresa francesa que realiza análises nos jogos do Campeonato Brasileiro usando inteligência artificial, uma ferramenta que o empresário defende.

Além disso, John Textor aproveitou a oportunidade para criticar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que o denunciou por suas declarações e exigiu a apresentação de provas, o que ainda não ocorreu.

STJD dá prazo para provas

No mesmo dia, o tribunal concedeu prazo de três dias para Textor apresentar as provas que alega ter contra jogadores de Fortaleza e São Paulo, os quais ele afirma estarem envolvidos na manipulação de resultados. “Eu entreguei há semanas provas completas de manipulação de resultados. Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos. Eu me importo com a lei. Se alguém está envolvido num escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas”, destacou o empresário.